De acordo com informação do Ministério
das Finanças angolano, o acordo para este financiamento, que envolve uma
Garantia Soberana da República de Angola, prevê ainda a construção de
um ‘datacenter’ no Brasil e foi assinado com o BDA na segunda-feira, em
Luanda.
O projeto em causa, em que a empresa
Angola Cables lidera o consórcio responsável, prevê a instalação de um
cabo submarino de fibra ótica ligando Angola ao Brasil e depois aos
Estados Unidos, para reforço das comunicações.
Visa a instalação de uma ligação de
comunicações submarina entre Angola e o Brasil, denominada de Sistema de
Cabo do Atlântico Sul (SACS), e outra entre o Brasil e os Estados
Unidos, designada de Cabo das Américas (CA).
Com seis mil quilómetros de extensão, o
cabo que ligará Luanda (Angola) a Fortaleza (Brasil) será composto por
quatro pares de fibra com uma capacidade de transmissão de dados de 40
Tbps (terabits por segundo) e já está em instalação, também financiado
pelo BDA.
O segundo cabo – cujo financiamento foi
agora assegurado – ligará as cidades de Santos e Fortaleza com Boca
Raton, na Florida (Estados Unidos da América), com cerca 10.556
quilómetros de comprimento e seis pares de fibra, com uma capacidade de
64 Tbps.
A Angola Cables foi criada em 2009 com o
objetivo de “transformar Angola num dos principais eixos africanos de
telecomunicações”. É maioritariamente detida pela empresa pública Angola
Telecom (51%), contando ainda com a Unitel (31%), a Mstelecom (9%), a
Movicel (6%) e a Startel (3%) na sua estrutura acionista.
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